Certa vez um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.
A época era de escassez. Porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, dirigiu-se para uma grande fogueira, ainda ardendo em brasa e dela tirou uma enorme tina de comida.
Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando a comida.
Enquanto abraçava a tina, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina que o estava queimando. Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a tina encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação; interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.
Então, começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais
apertava a tina quente contra seu imenso corpo.
Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra seu corpo e mais alto rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso praticamente sentado, recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. Ele tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na tina e, seu imenso corpo, mesmo morto ainda mantinha a expressão de estar rugindo.
By - César Romão – “Tudo Vai Dar Certo”
Este texto é uma excelente reflexão sobre nossas atitudes, quantas vezes acabamos segurando, agarrando coisas que parecem importantes, mesmo que isto nos custe sofrimento e dor, ainda assim temos dificuldade em soltá-las, e nos libertar da dor.
Na grande maioria das vezes somos dominados pelo medo da mudança, medo de encarar o novo, o desconhecido, e ficamos ali grudados com a nossa “tina quente”.
Precisamos de coragem para assumir nossos fracassos, reconhecer nossos erros, e abandonar antigos conceitos, hábitos, ou situações que nos fazem sofrer, e após este reconhecimento tomar a atitude correta, fazer o que o urso não fez, ou seja: Largar a tina quente!
Liberte-se! Corra o risco, de ser feliz!
Maria Pohlod
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